Juíza prova que a jurisprudência tupiniquim sempre enquadrou pretos como criminosos em potencial


Uma juíza do Paraná resolveu fazer sem muitos rodeios o que alguns de seus colegas praticam há séculos por estas bandas. Em uma decisão sobre um preso acusado de furto, a magistrada escreveu as seguintes linhas:
Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)
Pois bem, tudo muito grave. Mas não há novidade. Nenhuma. Ser preto classifica qualquer um como um criminoso em potencial.

Sim, é sempre o negro que é confundido com alguém, que é considerado suspeito até que se prove o contrário ou encarado com desconfiança quando não se apresenta de uniformes relacionados a funções subalternas.

Repare que não importa muito o resultado das investigações, a magistrada já possuí um parecer geral sobre os indivíduos desta etnia. Se o indivíduo em questão fosse inocente (ao que indica não é), provavelmente seria condenado da mesma forma.

Verdade seja dita, as particularidades deste caso já anunciam que será relegado ao esquecimento logo mais. Como já registrado, o tal homem parece ser mesmo culpado da acusação feita contra ele. Se os demais cidadãos negros tem direitos ultrajados, imagina aqueles que cometeram crimes?

Sim, eu sei que existem os direitos humanos. Dizem que estão registrados na Constituição inclusive. Mas não funcionam para quase ninguém por aqui, são objeto de oposição política até.

A título de comparação, a morte de um homem negro em um presídio da Carolina do Norte se tornou objeto de protesto por parte de ativistas nos Estados Unidos. O detento John Elliott Neville foi morto por asfixia, no vídeo ele aparece gritando que não conseguia respirar. Os agentes envolvidos enfrentam a acusação de homicídio culposo. Porque em democracias nenhum cidadão é alijado de seus direitos, seja ele preso, preto ou pobre.

A propósito, a defensora do homem informou que irá acionar a magistrada no Conselho Nacional de Justiça. O esperado é que nada aconteça, o inesperado é que seja punida com a pena máxima para episódios de juízes envolvidos com os mais diversos crimes: a aposentadoria compulsória com todos os penduricalhos garantidos pelo contribuinte (incluindo os pretos).

Segue o jogo.[left-sidebar]
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