A democracia fajuta do presidente Duílio

 



A nova coleção de uniformes que homenageia a geração da Democracia Corinthiana foi mal recebida pela torcida, que nas redes sociais atacou de forma acintosa os idealizadores da campanha. Quem observa as movimentações erráticas do time de futebol e da diretoria do Corinthians pode entender o que se passa: a direção do clube é hoje ocupada por cidadãos do submundo que odeiam o Corinthians e sua história, sendo os resultados óbvios o objetivo perseguido por estes personagens infames.


Reparem que este grupo intitulado “Renovação e Transparência” pode ser descrito como “Retrocesso e Obscurantismo”, já que caminham com o time sempre na direção do abismo mais próximo. Um grupo que conta com nomes como Roberto de Andrade, Mané da Carne e o tal André Negão.


E o que dizer das lambanças em série? Como não lembrar da Taunsa, o suposto gigante do agronegócio que pagaria o salário de Paulinho e (não riam) EDINSON CAVANI! Ao final descobrimos que a empresa sequer existia, coisa que o departamento jurídico comandado pelo competentíssimo Herói Vicente descobriria através de uma busca no Google Maps.


A Fiel que lota estádios vive da mística de anos melhores, da lembrança de glórias passadas e de uma bravura já extinta em campo. Os guerreirinhos do Parque São Jorge são em sua maioria moleques mimados ou mercenários sem qualquer compromisso. O ingresso nas alturas fez a massa dar espaço para filhos da classe média alta que sequer agitam as arquibancadas de forma voluntária. Para coroar nosso calvário temos o jurídico do clube envolvido em ações da Polícia Civil em combate a pirataria. Os torcedores pobres não conseguem comprar o material oficial vendido a preço exorbitante, agora nem ao mercado paralelo podem recorrer.


A Comunicação do clube que representa uma nação de mais de trinta milhões acha que não deve satisfações ao torcedor. Vexames recentes (e históricos) como a eliminação para o Ituano no Paulistão e a derrota acachapante para o poderoso Remo (que disputa a dificílima Série C) não comovem. Os dirigentes não se sentem na obrigação de responder os questionamentos que se multiplicam. Na eliminação para o Ituano o time passou mais de 24 horas sem atualizar as redes sociais. O silêncio é arma de uma diretoria inapta.


O atual grupo dirigente odeia o Corinthians e sua história. Aquilo é um covil de malandros, um dos conselheiros até produziu um vídeo golpista em favor de Jair Bolsonaro. Essa diretoria omissa se recusou a assinar a Carta aos Brasileiros e Brasileiras em favor do Estado democrático de direito a época em que Jair Bolsonaro ameaçava nossas instituições, mas agora usa o movimento Democracia Corinthiana como marketing.


É preciso esclarecer estes pontos, porque daí vem nossa ruína. Se o time não consegue ter um técnico de verdade a ponto de recorrer a gambiarras como Sylvinho e Fernando Lázaro, se tomamos um golpe como o da Taunsa, se nos afogamos nas dívidas enquanto o presidente peita a torcida dizendo que não trará reforços em nome de uma austeridade de fachada, é importante que a torcida se insurja. Esse bando de abutres não pode ter paz, o sucesso deles é a desgraça do Corinthians.


A Democracia Corinthiana representa uma das mais belas páginas de nossa história a ponto de ser reconhecida pela France Football através do Prêmio Sócrates, concedido anualmente ao lado da Bola de Ouro. A distinção que leva o nome do saudoso doutor premia jogadores comprometidos com causas sociais, ao passo que nosso cardume de bagres e mercenários desconhece estes valores. Se a Democracia de Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon ergueu a voz contra a Ditadura Militar, a Democracia de Duílio reconhece apenas seus capangas do submundo dirigente como dignos de respeito. A massa que não pode pagar a mensalidade de sócio que só dá direito a voto após QUINZE ANOS de associação é obrigada a engolir em seco.[left-sidebar]

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