"Não tenha inveja do homem violento, nem siga nenhum de seus caminhos"
Ontem o presidente da República se saiu com mais uma das suas. Quando um jornalista do jornal O Globo o questionou a respeito dos cheques depositados pelo ex-PM Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a resposta do nosso chefe de estado foi: "Minha vontade é encher sua cara de porrada".
Bom, não surpreende. Não depois de tantos palavrões, termos chulos, de todo o linguajar do submundo que Bolsonaro emprega no exercício do cargo. Bolsonaro é o que é, e permanecerá no cargo enquanto o processo histórico for favorável - e este rompante é só o maior recibo assinado por uma autoridade na história do país. A pergunta que deve ser feita no seio da igreja brasileira é: até quando este homem será idolatrado por abestalhados e fariseus de plantão?
Que o presidente ocupa hoje o lugar de Bezerro de Ouro da cristandade apóstata não há mais dúvidas. Das novas igrejas neopentecostais até os medalhões do meio reformado o que não faltam são os que trocaram Jesus por Jair. O que causa espécie é que o tenente terrorista não é muito hábil em fingir, são seus lacaios que se vendem por pouca coisa.
Por curioso que seja, hoje já há quem trate opositores de Jair na Igreja como traidores do Evangelho. Confundem termos de forma maldosa, atribuem intenções não declaradas. Quase o mesmo que foi feito nos tempos de João Batista, que por denunciar as imoralidades de Herodes Antipa se tornou alvo das maldades de sua companheira de crimes e pecado, a adúltera Herodias. Que ninguém duvide: nossa cristandade bolsonarista teria apoiado Antipas na caçada a João Batista.
Por fim, não custa lembrar de Provérbios 3 31-32:
Não tenha inveja
do homem violento,
nem siga nenhum
de seus caminhos;
porque o Senhor
detesta o perverso,
mas aos retos
trata com intimidade.
Pois é. Mano Brown entendeu esta parte, mas as lideranças cristãs adesistas não. Que Deus em sua infinita misericórdia não se esqueça de nós.[left-sidebar]